Pesquisa alerta riscos de criança mexer no celular antes de dormir

Efeito nocivo é visto no desenvolvimento da criança, na taxa hormonal e atrapalha o relaxamento

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“Só mais um pouquinho, por favor”. Quem nunca ouviu essa frase do filho ou do neto para continuar a usar o celular momentos antes de dormir? Uma pesquisa feita em Londres pelo King´s College aponta que o uso de eletrônicos nesse momento propicia distúrbios na saúde e no comportamento.

Eles avaliaram 125.198 pessoas entre 6 e 19 anos no mundo inteiro e perceberam impactos como processo depressivo infantil, problemas na qualidade do sono e excesso de peso. O processo está tão preocupante que investidores da Apple fizeram um pedido através de uma carta para que sejam feitos softwares que restrinjam o uso dos aparelhos. A empresa de Steve Jobs ainda não se manifestou sobre o assunto.

Consequências

Cada dia mais presente na vida dos jovens, o excesso de uso da tecnologia deixa a pessoa mais suscetível a doenças. Segundo os cientistas esses aparelhos têm que estar fora do quarto na hora de dormir, pois só a possibilidade de receber uma mensagem já deixa a criança em estado de alerta.

A pesquisa do King´s College diz ainda que o transtorno do sono no período infantil causa prejuízos a saúde da mente e a saúde física. Entre as consequências estão a baixa na imunidade, distúrbios mentais, desenvolvimento de tumores e doenças do coração.

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Sono é um elemento chave

Segundo a neurologista do Instituto do Sono, Anna Karla Smith, existem três importantes pilares para o desenvolvimento infantil: alimentação, sono e atividade física. No sono são fabricados hormônios, um deles é o do crescimento que só acontece no sono profundo. Quando uma criança dorme tarde, ela atrapalha a liberação hormonal e desequilibra o organismo afetando o crescimento.

Como os eletrônicos atrapalham o sono

  • Atrasam a hora de ir dormir fazendo com que a criança descanse menos que o necessário.
  • Por ter ficado tanto tempo concentrado e com luzes estimulantes, acabam impedindo o relaxamento.
  • A luz forte confunde nosso corpo que não sabe é hora de dormir ou acordar.
  • Essa luz impede a produção da melatonina.
  • O corpo não diminui a temperatura, fenômeno que acontece quando adormecemos.

Sem dormir bem o rendimento cai porque a memória não consegue armazenar os dados e todo o conhecimento absorvido durante o dia e essa sabedoria acaba tendo sua fixação prejudicada. O problema é quando vira insônia e mesmo sem o aparelho celular por perto o corpo não consegue mais relaxar.

Quem troca o dia pela noite acaba tendo uma real baixa na imunidade e já existem estudos relacionando o aparecimento mais frequente de câncer de mama em mulheres que trabalham em horários noturnos.

Em um estudo feito com 19 voluntários pela Universidade de Haifa, as pessoas foram expostas a luz do computador no período de 21 às 23, horário que o corpo secreta melatonina, e no dia seguinte ao responderem uma pesquisa foi concluído que tiveram 16 minutos menos de sono. A insuficiência de produção de melatonina reflete diretamente no organismo e os candidatos principalmente os que foram expostos a uma alta intensidade de luz azul, chegaram a acordar 7 vezes em apenas uma noite.

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Mas não temos como parar de usar a tecnologia, o que fazer?

Já foram desenvolvidos lentes especiais para os óculos e até aplicativos para atuar modificando a luz para  que não faça tão mal. Uma empresa já criou uma vitamina que promete proteger a retina dos efeitos nocivos da luz, mas ainda não existe comprovação.

Fonte: site Bem Estar

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