China precisou negar comercialização de carne humana

Governo reagiu a boato que teria saído do Zâmbia

Publicidade

O ministro das Relações Exteriores da China foi à imprensa desmentir o que classificou como “acusação totalmente maldosa, vil e inaceitável”. Boatos que saíram do Zâmbia, na África, teriam afirmado que a China exportava carne humana enlatada para os mercados africanos.

Um jornal africano publicou as acusações, que foram repetidas por outros periódicos e pelas redes sociais, causando pânico na população. As notícias falsas indicavam que a China vendia para o Zâmbia o “corned beef“, de carne humana.

Na verdade, o “corned beef” é feito de carne bovina. O produto é conservado em salmoura e enlatado.

Entre os argumentos usados na falsa notícia para a venda de carne humana aos africanos, estava o desprezo pelo mercado local e a preferência por direcionar produtos de melhor qualidade para os países ricos.

Publicidade

O governo chinês solicitou às autoridades do Zâmbia a investigação do jornal que iniciou a série de boatos. Sobre o assunto, o vice-ministro da defesa zambiana, Christopher Mulenga, somente lamentou o episódio que ele classificou como um “incidente”.

Mentiras para prejudicar cooperação econômica

Para o governo chinês, as mentiras foram uma forma de forçar o fim da cooperação entre os dois países. Hoje a China financia projetos de infraestrutura no Zâmbia e recebe como contrapartida a exploração de recursos naturais.

A população do Zâmbia, por sua vez, reclama do tratamento chinês, da falta de segurança no trabalho e dos baixos salários. No período de 2005 a 2014, a China investiu cerca de R$ 114,6 milhões no país africano.

Não são informados o quanto o governo chinês lucra com os recursos naturais que está autorizado a explorar.

Publicidade

Escândalos que tratam da falta de segurança alimentar na China são frequentes. Em 2015, as autoridades sanitárias destruíram 100 mil toneladas de carne que estava congelada há quatro décadas.

Na coleção de escândalos está, ainda, a prática de embalar produtos vencidos, a venda de carne de rato como sendo de carneiro (2008) e a falta de higiene na manipulação dos alimentos.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36370596

PODE GOSTAR TAMBÉM