Novo tratamento com radioterapia pode impedir reincidência de câncer em crianças

Veja como isso pode ser possível e de que maneira beneficia as células que não foram afetadas pela doença

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Um tipo de radioterapia para o tratamento do câncer, baseada em prótons, é a nova aposta dos médicos para impedir que depois de anos do tratamento concluído, nasçam tumores provocados pela própria radioterapia.  A Agência Nacional de Vigilância Sanitária já aprovou o uso da máquina, mas o alto custo, a obrigação de precisar de um espaço amplo e do resultado não ser percebido a curto prazo, estão impedindo que ele seja mais acessível.

Principal benefício

Ele foca apenas no tumor, ao contrário da radioterapia habitual, onde os tecidos que estão em volta acabam sendo impactados. Em algumas situações, esses tecidos que foram atingidos se transformam em câncer anos depois. Além disso, ele também é indicado para tumores considerados inoperáveis e os que estão em uma localização cerebral sensível.

Crianças são atingidas

Esse caso pode acontecer com crianças que recebem radiação quando novas e tem um novo tumor quando crescem, resultado desse tratamento que atingiu células saudáveis. O linfoma e o sarcoma, são exemplos de tipos de câncer que podem ser desenvolvidos.

Para atacar esse problema começou-se a utilizar a terapia de prótons. O tratamento chegou a ser caso de justiça no Reino Unido quando uma criança estava fazendo o uso de terapia comum para tratar um câncer cerebral e seus familiares o transferiram para Espanha, sem autorização dos médicos, para iniciar o método com prótons. Os pais chegaram a ser presos na época, mas logo foram liberados. No ano de 2015 eles divulgaram que o menino não tinha mais vestígios do tumor.

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Nos Estados Unidos já é um tratamento bastante difundido, na Europa e Ásia também já estão realizando esse método. Na América Latina ainda não está sendo feito e apesar da Anvisa já ter aprovado um aparelho para o Brasil, a implementação só deve ocorrer em alguns anos.

A aposta é grande, mas ainda não se tem comprovação de que o método tem uma eficácia maior do que os atuais, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia, Arthur Rosa. Mas ele confirma que a radiação que é distribuída nos tecidos ao redor quando se utiliza os prótons é realmente menor.

O uso atual é feito em tumores:

  • Oculares
  • Base do crânio
  • Na espinha
  • Fígado

Além desses, tem indicação para pessoas que já fizeram radioterapia anteriormente.

Radioterapia comum x Radioterapia de prótons

Na versão mais utilizada, os fótons atravessam o corpo do paciente e no novo método com prótons, eles não fazem essa travessia totalmente e são depositados diretamente no corpo.

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Preço e espaço

É um investimento de 30 milhões para uma máquina que ocupa 800 metros e um acelerador linear com 40 m2 e é extremamente pesado. É preciso também que se tenha disponível 4 andares entre a área das máquinas e o térreo, para a radiação não atingir o solo.

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Fonte: Site Bem Estar

 

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