Histórias de Superação: mulheres da 3ª idade graduam-se depois de aposentar

Elas se tornaram um exemplo para familiares e amigos!

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Não é de hoje que as mulheres se mostram fortes e exemplos de superação para todos! E neste artigo não é diferente. Histórias que comprovam que a força de vontade é o elemento essencial para vencer na vida.

Elas voltaram a estudar mesmo depois de aposentar

Conheça a história de 3 lindas mulheres, já na 3ª Idade e que decidiram voltar a estudar. Amélia Dinis, de 86 anos (na sua segunda graduação); Luísa Valencic Ficara de 87 anos e Maria Madalena Silva, de 68 anos, que conquistou o sonho de ter um diploma de Ensino Superior.

As dificuldades e a beleza de estudar

amélia dinis e sua segunda graduação
Crédito: Rádio Progresso

Uma história muito especial vem chamando a atenção dos moradores do Distrito Federal. A aposentada Amélia Dinis, de 86 anos, se formou na faculdade de Teologia. Mas o que espanta não é o fato de a idosa concluir uma graduação em tão avançada idade. Amélia conta que essa será sua segunda faculdade, após 64 anos da primeira.

Não basta essas duas conquistas, a aposentada já se matriculou em uma pós-graduação noturna. Mãe, avó e bisavó, Amélia vai voltar às salas de aula pelo menos duas vezes por semana. Ela se define como uma pessoa muito dedicada aos estudos. Obteve 9,5 no trabalho de conclusão de curso, cujo tema foi sobre a relação entre o Papa Francisco e a Igreja Católica.

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Amélia Dinis não está muito familiarizada com as novas tecnologias. Ela conta inicialmente seu trabalho final do curso foi escrito à mão. A aposentada, no entanto, errava muito e acabava gastando muitas folhas. Ela se obrigou a digitar no computador todo o material, ainda que com dificuldade.

Mesmo com idades avançadas, idosos não deixam de trabalhar

O sonho de voltar a estudar após 64 anos veio após a morte do marido. Ela já era formada em Filosofia, curso concluído em 1950. Amélia conta que apenas sua irmã sabia que ela prestaria o vestibular. Sempre que as filhas chegavam em sua casa, escondia os livros. A aposentada afirma que estudou o suficiente para passar na prova.

A família de Amélia enxerga a aposentada como uma inspiração. As filhas comentam que durante os tempos de estudo jamais deixou de dar atenção à família. Mesmo em época de provas, Amélia conseguiu gerir seu tempo entre os estudos e os familiares. Apesar de viver cansada, ela afirma que encontrou um novo propósito na vida.

A decisão de ocupar a cabeça depois de momentos difíceis

cerimonia formatura luisa ficara
Crédito: Portal G1

A Italiana Luísa, que vive em Jundiaí (SP) há 40 anos e que decidiu estudar Nutrição no Centro Universitário Padre Anchieta, foi aplaudida de pé, na sua cerimônia de conclusão do curso. “Fui contente por terminar a minha tarefa. Achei que fosse ficar nervosa quando fosse receber o diploma, mas na hora estava bem calma”, lembrou.

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A sua história teve início, quando ela decidiu “ocupar a sua cabeça” logo após a morte do seu marido e irmã. Ela revelou em entrevista ao Portal G1 que não adiantava ficar em casa, pois as dores da saudade e aquelas que já eram crônicas, devido a sua idade, só pioravam. Matricular-se em uma faculdade foi o seu escape para superar os momentos difíceis.

De acordo com a Luísa, que se matriculou após o início do curso, a surpresa dos seus colegas de sala foi grande: “Quando cheguei na sala a turma ficou meio espantada. Eles devem ter pensado: ‘O que essa velha quer?’. Com o passar do tempo fui vencendo a vergonha, fiz amizade com os professores, mas o 1º ano foi o mais difícil”.

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Mas a sua história não para por aí. Você acredita que o seu trabalho final (TCC), sobre a cana-de-açúcar no Brasil foi todo escrito à mão? Sim, é verdade e impressionante a sua dedicação e compromisso.

Após 6 anos de curso – algumas disciplinas ela precisou repetir -, o tão sonhado momento chegou! E apesar de já viver sozinha e não ter nenhum parente no dia da sua formatura, ela não esteve sozinha: “Ganhei muitos abraços do mestre de cerimônia e da turma toda. Foi lindo”, diz.

Uma linda história e inspiração. E ela não vai parar ainda e quer continuar a estudar, escrever os seus poemas e frequentar suas aulas de alemão, inglês e francês. E ela lembra: “Eu sei que vai chegar a hora de parar, mas enquanto isso eu vou em frente. Muita gente com a minha idade passa a maior parte do tempo dormindo”, conclui.

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E então, o que achou da Luísa, muito fofa, não é verdade?

O sonho de concluir os estudos, mesmo depois de aposentada

graduação de Maria Madalena Silva
Crédito: UOL Educação

A história da aposentada Maria Madalena Silva, de 68 anos, começou no interior de Patos de Minas, onde começou a estudar e, aos 11 anos foi obrigada a parar, pois não haviam professores na região. Aos 22 anos, mudou-se para Brasília e lá, começou a trabalhar como empregada domésticas.

Apesar das dificuldades e dos estudos interrompidos, ela contou em entrevista ao UOL Educação, que, sempre foi a melhor da sua classe em leitura. E por isso, nos seus momentos de lazer, sempre buscou por livros para aumentar os seus conhecimentos.

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A vida seguiu, ela chegou a trabalhar por 14 anos em um shopping de Brasília e também teve duas filhas e, para criá-las e trabalhar, Maria optou por adiar os estudos. Anos mais tarde, iniciou outro trabalho, desta vez como cozinheira em uma clínica de reabilitação.

Trabalhar neste local fez crescer um sentimento e motivação de ajudar as pessoas. Foi assim que ela decidiu encarar a sua formação como Assistente Social. “O Ministério Público tem conhecimento sobre todas as pessoas que estão internadas. Os pacientes e até mesmo os familiares muitas vezes não sabem que o Estado tem obrigação de ajudá-los. O assistente social tem esse dever, sabe? De repassar o conhecimento e pode ajudar e informar as pessoas”, revelou.

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Foi então que ela decidiu concluir o Ensino Médio e em seguida prestar vestibular em uma faculdade particular de Taguatinga, com o dinheiro da sua aposentadoria. Ela contou que “Pagava R$ 280. Consegui desconto de 50%. Sempre ia para as aulas de carona ou ônibus, toda sexta-feira à noite e sábado de manhã. Era um curso semipresencial. Tive muitas dificuldades para fazer os trabalhos que eram pela internet, não tinha muita aptidão com o computador”.

Ela batalhou e alguns semestres depois recebeu um convite, por parte da Diretora da Clínica de Reabilitação na qual ela tinha trabalhado, para voltar para lá como estagiária: “Voltar lá foi bom. As pessoas ficaram felizes também. Acho que não imaginavam. Na clínica, pude aprender tudo na prática, entender melhor o curso. Foi lá que descobri que queria ser assistente social para o resto da vida”.

Maria é motivo de orgulho para toda a sua família!

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