Por que celebramos o Natal no dia 25 de dezembro?

Terá Jesus Cristo nascido nesse dia? Saiba por que razões o Seu nascimento está atribuído a essa data.

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O dia do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo é celebrado a 25 de dezembro. Na noite de véspera as famílias de fé comemoram o nascimento daquele que morreu para nos salvar. Mas terá Jesus efetivamente nascido nesse dia?

O dia 25 de dezembro surge referido em documentos históricos apenas a partir do século III

De acordo com os historiadores especializados em questões religiosas, os primeiros cristãos não celebravam os aniversários. Celebravam antes o die natalis, que corresponde ao dia da entrada na pátria definitiva. O que era comemorado, era a salvação de Jesus, que se deu quando ele venceu a sua própria morte. A máxima festividade em honra de Jesus era então o 14/15 de Nisan.

Os conteúdos que abordam o nascimento de Cristo surgem apenas a partir do século III. Nesses primeiros registros, elaborados por Padres,  indicam datas diferentes. O primeiro testemunho que aponta o dia 25 de dezembro como o dia que viu nascer Jesus é de Julio Africano. Esse registro data do ano de 221. Já a primeira referência direta da glorificação do nascimento surge apenas no século seguinte, no ano de 354. Durante o século IV começa a aparecer com maior frequência o dia 25 como o dia da natividade. Porém, na cultura ocidental, as celebrações ocorrem a 6 de Janeiro.

A chegada de Jesus faz com que a luz impere sobre as trevas

A adoção do dia 25 para marcar o nascimento de Jesus Cristo é atribuída ao die natalis Solis invicti. O chamado “dia do nascimento do Sol invicto” é o dia em que, de acordo com a mitologia cristã, a luz impera sobre as trevas. Uma simbologia que indica no calendário a noite mais longa do ano, coincidente com 25 de dezembro. Para os seguidores de Cristo, o seu nascimento é equivalente a um “sol de justiça”. A sua vinda promete salvar o mundo da escuridão. Com a passagem dos tempos, e com a difusão do pensamento católico, a celebração da luz de Jesus acabou por eclipsar as festividades pagãs que assinalavam o dia menos luminoso do calendário.

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Há ainda a versão que aponta para a data como escolhida pela Igreja para conter os cultos pagãos. No dia 25 de Dezembro, os povos não cristãos do hemisfério norte comemoravam o retorno do sol, depois de um inverno com noites muito longas.

A matemática do calendário cristão

Há ainda outra teoria que afirma que a escolha da data para a celebração do nascimento gira em torno das duas outras datas fundamentais na vida de Cristo: o dia da sua morte e o da sua ressurreição. Esses cálculos consideram um tratado anônimo, que garante que Jesus foi concebido no dia correspondente ao da sua morte, 33 anos depois. Nesse documento, pode ser lido o seguinte: “Nosso Senhor foi concebido no dia 8 das calendas de abril no mês de março (o nosso 25 de março), que é o dia da paixão do Senhor e de sua concepção, pois foi concebido no mesmo dia que morreu”.
Já de acordo com os costumes do mundo oriental, a paixão e a encarnação do Senhor são comemoradas a 6 de abril, o que remete o Natal para 6 de janeiro.

Quer saber mais sobre o nascimento de Jesus? Assista a esse vídeo:

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