Parlamento Africano proíbe mutilação genital feminina

Uma boa notícia capaz de restaurar um pouco de fé na humanidade.

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Boa notícia! Finalmente, o Parlamento Africano chegou a acordo para avançar com a proibição dessa prática revoltante. A mutilação genital feminina é uma tradição traumática e discriminatória que deve ser impedida.

Esse acordo irá resultar na regulação da proibição e na criação de estratégias que controlem a aplicação da lei, para garantir que as mulheres não voltem a sofrer essa perseguição. Até hoje, estima-se que mais de 200 milhões de mulheres passaram por esse trauma, de acordo com dados divulgados pela UNICEF.

A mutilação genital feminina é um ritual bárbaro

A mutilação genital da mulher consiste na excisão do clitóris. Ao contrário do que é do conhecimento mais popular, essa prática abusiva não acontece somente em África. Essa tradição é também muito comum nos países de origem muçulmana da Ásia.
Aliás, em países como o Afeganistão, o Tajiquistão, o Brunei, a Malásia e a Indonésia é praticada uma forma ainda mais cruel de mutilação. Não só o clitóris é removido, como também os lábios maiores e menores da vagina são extirpados.

Embora esse acordo não vá resolver o problema por inteiro, é um grande passe para que a questão seja ainda mais debatida e para que os dirigentes das principais instituições mundiais arregacem suas mangas. A formalização desse acordo irá exercer uma pressão concreta junto das autoridades, e permitirá que medidas específicas sejam implementadas.

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Mutilação genital feminina: uma tradição traumática que destrói a vida das mulheres

A mutilação genital feminina é uma tradição tenebrosa e cruel, que é posta em prática antes de as meninas entrarem na puberdade. Esse ritual tem a sua origem no antigo Egito e hoje ainda se mantém, sobretudo em regiões muçulmanas.

É um processo doloroso, traumatizante que tem como objetivo inferiorizar a mulher. Depois de mutilada, será incapaz de sentir prazer, devido à perda de sensibilidade na área genital. O processo é ainda muito rudimentar, sendo que as ferramentas continuam sendo facas, lâminas ou estilhaços de vidro. A falta de higienizarão dos espaços e materiais provoca infeções graves, e muitas meninas já perderam a vida durante a prática.

Claro que aos olhos da sociedade contemporânea essa prática só pode ser vista como uma violação dos direitos humanos. Esse não passa de uma espécie de tortura perigosa e humilhante, que pretende reforçar a condição inferior com que a mulher ainda é vista por algumas culturas. É um ato atroz, que deve ser severamente punido. Há meninas que são submetidas a essa tradição ainda antes de terem completado cinco anos. Esse ritual bárbaro deixa marcas físicas e psicológicas difíceis de serem ultrapassadas.

Detalhes do acordo elaborado pelo Parlamento Africano

Fique por dentro dos pormenores desse acordo contra a mutilação genital feminina.

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1. Esse acordo nasceu após demoradas negociações entre as forças do poder do continente Africano e a Convenção dos Direitos Humanos. Em cima da mesa estiveram a eliminação de atos discriminatórios para com o gênero feminino.

2. O acordo contou ainda com a pressão do Fundo para a População das Nações Unidas.

3. O que foi aprovado, de momento, é apenas um plano de ação.

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4. É necessário que os mecanismos de implementação desse plano de ação sejam implementados pelos 250 deputados que firmaram o acordo.

5. Uma das medidas previstas é a exigência de uma documentação que os pais tenham de assinar, renunciando à mutilação em suas filhas.

6. Esse vai ser um trabalho árduo de mudança de consciência. Atualmente, 90% da mutilação ocorre em países como o Egito, Sudão, Etiópia, Eritreia, Djibuti e Somália.

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É preciso mudar mentalidades

Embora muitos países tenham, em teoria, concordado em parar com a tradição, na prática ela continua sendo implementada. Mudar as mentalidades tem sido a maior dificuldade. Muitos pais receiam que as suas filhas sejam rejeitadas pela comunidade, caso não adiram a essa prática.
A luta vai ser dura, principalmente em países desenformados onde prevalecem rituais arcaicos. É preciso acreditar que a mudança será possível, e trabalhar a mudança de consciência.

 

Assista ao seguinte vídeo, para saber mais sobre essa tradição que mutila mulheres em todo o mundo:

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