Existem muitos tabus acerca do sexo depois dos 50 anos. Apesar disso, cada vez mais as pessoas mantêm uma vida sexual ativa conforme envelhecem. Isso é importante para a autoestima e para o corpo, uma vez que existem inúmeros benefícios de ter relações sexuais nessa fase da vida. Saiba que, no entanto, cabem também alguns cuidados.
5 Mitos e verdades sobre o sexo depois dos 50
Existem muitos mitos acerca do sexo após os 50 anos, e você verá agora alguns dos principais.
1. A partir dos 50 anos a pessoa perde o desejo sexual
Mito. O que acontece é que a partir dos 40 anos, homens e mulheres começam a viver a fase do climatério, que é o período que antecede a menopausa, para as mulheres, e andropausa, para os homens. Nesse período, o corpo começa a passar por uma nova fase de mudanças, e várias delas podem interferir no interesse sexual, de forma psicológica e fisiológica.
Na forma psicológica, a pessoa pode achar que não é mais atraente porque a aparência do corpo está mudando. Também porque existe o mito cultural de que nessa idade o sexo não é mais permitido ou bom. Na forma fisiológica, o organismo não está mais absorvendo os nutrientes e liberando os hormônios como fazia antes, então várias funções do organismo são afetadas.
Mas existem muitas formas de manter a libido em alta para ter uma vida com sexo depois dos 50. Seja cuidando melhor de si mesmo, mantendo a autoestima elevada ou com intervenção de tratamentos como a terapia hormonal, que serve para amenizar os efeitos negativos dessa fase natural da vida.
2. Praticar exercício físico beneficia o sexo depois dos 50
Verdade. A prática de exercício físico é benéfica para tudo e para todos, em qualquer idade. Por isso, quanto antes você iniciar a prática de atividade física, melhor será o seu desempenho e disposição para uma vida sexual depois dos 50. Aliás, para uma vida mais feliz, de modo geral. Então, o sexo vai acabar sendo uma das consequências positivas por estar mantendo o seu corpo e sua mente mais ativos.
Esses benefícios acontecem tanto de forma fisiológica quanto psicológica. Na forma fisiológica, manter uma rotina de atividade física é importante porque vai deixar os músculos da região genital mais resistentes, bem como as artérias que enviam o sangue para essas regiões, permitindo que a ereção ocorra. O sistema cardiovascular também estará melhor preparado para suportar o tempo de uma prática sexual satisfatória.
Em termos psicológicos, a pessoa se sentirá mais bonita e atraente para o seu parceiro, pois mesmo que o corpo não esteja com a mesma forma de quando era jovem, o exercício mantém os músculos mais firmes, a pele mais viçosa e aumenta a disposição e a autoestima.
3. Deixar de fazer sexo depois dos 50 pode trazer prejuízos à saúde
Mito. Não existe a necessidade de praticar sexo para garantir uma boa saúde. Porém, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, pensar em sexo faz parte dos hábitos rotineiros para uma maior qualidade de vida.
Então o que ocorre é que pensar em sexo é saudável, pois faz parte da natureza humana e é um processo que libera uma série de efeitos positivos no organismo, mesmo não praticando o ato sexual.
Porém, para a pessoa que gostaria de praticar, mas não tem parceiro, recomenda-se a masturbação, que ajuda a manter toda a sua função sexual ativa para melhorar sua qualidade de vida, física e emocional, e para estar preparado quando um novo parceiro aparecer.
4. Sexo depois dos 50 também precisa de camisinha
Verdade. A função da camisinha não é apenas de impedir a gravidez. Ela também serve para proteger o corpo das doenças sexualmente transmissíveis, das quais ninguém está livre, não importa a idade.
Outro ponto importante é que, especialmente no caso das mulheres com mais de 50 anos, sexualmente ativas, está cada vez mais comum a relação com parceiros mais jovens. Mas nessa idade, a mucosa vaginal que promove a lubrificação natural na hora do sexo, está mais fina. E assim, o contato direto sem camisinha pode ser desconfortável e até machucar.
5. Disfunção sexual é um problema exclusivo do envelhecimento
Mito. A disfunção sexual erétil (masculina) e a disfunção sexual do desejo (feminina) podem ocorrer em qualquer idade. A diferença é que no caso dos homens mais jovens é mais comum ocorrer a ejaculação precoce, enquanto nos homens mais velhos ocorre a ejaculação retardada. Porém, em todas as idades pode haver dificuldade ou ausência de ereção.
Para as mulheres também é comum acontecer a disfunção sexual por falta de desejo, havendo diferentes causas. Nas mais jovens pode ser por não sentirem mais desejo pelo parceiro ou por estarem passando por algum outro problema físico ou psicológico. Já nas mulheres mais velhas, também pode ocorrer por esses motivos, mas há ainda o fator da redução na liberação de hormônios responsáveis por estimular o desejo sexual.
Benefícios do sexo depois dos 50 anos
Como você já acompanhou nas questões dos mitos e verdades acima, existem diversos benefícios em continuar praticando sexo depois dos 50, se assim você desejar. Mas não deve se sentir pressionado a praticar, pois a ausência do ato sexual não irá prejudicar sua saúde.
Então, veja um resumo dos benefícios de uma vida sexual ativa após os 50 anos:
- Ajuda a manter uma boa circulação sanguínea;
- Aumenta a resistência cardiorrespiratória;
- Ajuda a manter a lubrificação natural feminina e a ereção masculina;
- Estimula a manutenção dos hormônios sexuais do homem e da mulher;
- Melhora a autoestima;
- Promove o bem-estar;
- Fortalece a relação com o parceiro.
Cuidados e proteção
Embora haja diversos benefícios no sexo depois dos 50, conforme já mencionado no início, o corpo passa por grandes mudanças a partir dessa idade, inclusive na questão sexual. A mulher pode perder sua lubrificação natural e o homem pode ter disfunção erétil.
Então, para ter relações sexuais mais prazerosas e seguras, sem se machucar, pode-se usufruir de produtos próprios para isso. Alguns são comprados sem receita médica e outros necessitam de receita, como gel lubrificante para homens e mulheres, para facilitar a penetração, e creme vaginal com hormônio para estimular a libido da mulher.
No quesito proteção, conforme já mencionado também, a camisinha é fundamental. Ela pode ser mais incômoda para os homens mais velhos, devido à necessidade de pausa para colocá-la e a dificuldade de manter a ereção durante esse tempo. Mas nesse caso é uma questão de o casal transformar esse momento em algo mais agradável, mantendo o desejo aceso.
O fato é que ninguém está livre de contrair doenças sexualmente transmissíveis, mesmo que tenha o mesmo parceiro há anos. Aqueles que possuem múltiplos parceiros precisam se prevenir sempre, com ainda mais cuidado.
