Jovem deixa livros criptografados e desaparece sem deixar rastro!

Há quem esteja acreditando que Bruno Borges é uma reencarnação de um filósofo do século XVI

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O jovem de 24 anos Bruno Borges desapareceu em março de 2017 no Acre (Brasil). O estudante de Psicologia foi visto pela última vez num almoço com os familiares, depois de os pais terem regressado de uma viagem de cerca de 20 dias.

“Eu fui a última pessoa que o viu. Deixei o Bruno na esquina da nossa casa e depois fui trabalhar. Ele se despediu de mim e depois nunca mais ninguém soube dele”, afirmou o pai de Bruno, o empresário Athos Borges.

De acordo com a Polícia Civil do Acre, todas as hipóteses estão sendo investigadas. O caso continua em sigilo.

Profunda admiração por filósofo pode estar na origem do desaparecimento

Esse desaparecimento ganha uns contornos especiais quando conhecemos o quarto do Bruno, onde ele guardava uma estátua de Giordano Bruno, um filósofo italiano do século XVI que Bruno admirava bastante. Esse objeto artístico tem um valor de cerca de 7 mil reais. Além disso, o quarto tinha 14 livros escritos manualmente pelo estudante. Cada uma das obras se encontrava criptografada e estava identificada com numeração romana. Alguns dos livros até estavam copiados no chão, nas paredes e no teto.

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Bruno manteve a porta do quarto trancada durante todo o tempo em que os pais estiveram viajando. Quando o pai do Bruno voltou de viagem e entrou no quarto do filho, ele ficou chocado com o que viu:

“O quarto não tinha nada. Só a estátua e os livros. Os móveis desapareceram, a cama… Foi aí que percebi que o Bruno tinha sumido”.

Durante a viagem dos pais, o estudante ficou em casa com os irmãos Rodrigo e Gabriela. “Ele comentou comigo que estava desenvolvendo um projeto e que só ia revelar tudo em 15 dias. Eu não quis arrombar a porta do quarto para não invadir a sua privacidade, mas aquela situação me incomodava bastante”, comenta Gabriela.

Os irmãos conseguiram decifrar algumas partes dos livros e dos escritos nas paredes do quarto.

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A irmã mais velha ainda relata que Bruno deixou uma chave que correspondia a letras e símbolos. Graças a essa pista, os irmãos foram capazes de decifrar algumas coisas. Por exemplo, conseguiram traduzir o título de um dos livros – “A teoria da absorção do conhecimento”.

Além de escrever nas paredes com se fossem páginas de livros, Bruno desenhou diversos símbolos no chão, no teto e à volta da estátua. No quarto, é possível encontrar um quadro em que Bruno surge ao lado de um extraterrestre, sendo tocado por este.

A mãe do estudante recorda que o filho tinha comentado já há algum tempo que estava dedicado a um projeto e que necessitava de apoio financeiro. Denise disse que lhe dava o dinheiro, se ele explicasse melhor o conceito do trabalho. Mesmo assim, Bruno se recusou a dar mais detalhes.

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O projeto teria começado em 2013 e estava entrando na etapa da finalização.

“Ele me disse que não podia falar, que era segredo. Como não dei dinheiro nenhum, começou procurando ajuda fora de casa, mas sem nunca revelar o que era esse trabalho. O Bruno apenas dizia que estava escrevendo 14 obras que iriam transformar o mundo de uma forma positiva. Ele quis ficar 1 ano sem trabalhar, só para se focar no projeto. Aconselhada por um médico, eu deixei”, conta Denise.

A mãe ainda lembra que no início de março de 2017, quando viajou com o seu marido, o quarto do filho estava impecável. Mas os 2 irmãos dizem que foi a partir daí que as mudanças começaram. E a porta ficou sempre trancada.

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“Antes, o Bruno já tinha redigido 5 obras. Uma delas ele queria até patentear, porque incluía uma teoria. Cheguei a ler. Só entendi à terceira leitura. Era perfeita. Defendia que nós estamos interligados em tudo”, explica Denise. “Ele estudava Filosofia. Além de ser um profundo admirador de Giordano, já tinha lido a Bíblia na íntegra e toda a obra de Shakespeare”, acrescenta.

Em relação à estátua – uma recriação da peça que se encontra em Roma -, os familiares não conseguem apontar o momento exato em que o objeto entrou em casa. O artefato foi feito em Rio Branco, onde Bruno mora, e terá sido entregue nos dias anteriores ao seu desaparecimento, quando os irmãos não estavam.

Estátua original de Giordano Bruno, no Campo dei Fiori, em Roma

Será um caso de reencarnação? Ou apenas um jovem com perturbações psíquicas?

O caso viralizou nas redes sociais. E as teorias não param de surgir. Alguns internautas já apontaram as parecenças físicas entre Bruno Borges e Giordano Bruno. Aliás, os próprios nomes são parecidos – o que também não passou despercebido para os mais curiosos. Há quem comece a acreditar que Bruno está finalizando as obras do filósofo, que não conseguiu concluir o seu trabalho ao ser morto pela Inquisição.

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A hipótese de distúrbios psicológicos também é forte – mas Denise descarta. No entanto, confessa que se soubesse do que se tratava o tão falado projeto, a primeira reação seria tomar uma atitude enérgica: “Eu mandava internar. É provável que ele tenha entendido que eu faria isso e, com o desaparecimento, tenha tentado mostrar o valor do seu projeto”. Além disso, a mãe acredita que o próprio “refúgio” do filho seja um plano de Bruno para construir as suas teorias.

“Tenho receio que ele esteja muito tempo sem comer. Eu sou psicóloga e sei que, se uma pessoa passa muito tempo sem se alimentar, pode sofrer um surto”, acrescenta.

Entretanto, os familiares estão procurando por alguém que seja especializado em traduzir criptografias para auxiliar nesse caso misterioso.

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Antes de sumir, Bruno conseguiu o orçamento para o seu projeto junto de um primo. “Quando falamos pela primeira vez, li algumas páginas. Gostei do que li e disse que queria ajudar. Além disso, gostei muito das ideias de que ele me falou. Lembro ainda que ele me contou que era um projeto único e que ia ser conhecido em pouco tempo”, recorda o primo do jovem, o oftalmologista Eduardo Veloso, que transferiu 20 mil reais para a conta de Bruno.

Jovem tem um “coração bondoso”

Desde a adolescência que os livros são uma presença constante na vida de Bruno: o jovem achava que tinha estudado pouco e, por isso, queria compensar. “O Bruno começou a ler bastante. Aliás, eu até achava que ele estava lendo demais. Mas eu sempre acompanhei as leituras dele. Ele evoluiu tanto intelectualmente que era capaz de manter uma discussão com desembargadores, juízes…”, explica a mãe.

Além de sempre ter sido um rapaz diferente dos outros, Bruno conta com um lado solidário muito acentuado. Denise afirma que o jovem se entendia bem com sem-teto ou pessoas excluídas, como doentes mentais.

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“O meu filho é iluminado. Sempre teve uma persuasão fora do normal. Tem um coração tão puro que simplesmente dá as suas coisas aos outros. Incluindo a sua própria roupa. Ele até consegue ver a alma das pessoas”.

Assista a esse vídeo para saber mais sobre esse caso tão misterioso:

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